sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Isso não é um réquiem

Isso não é um réquiem



As aves de meus braços pousam em seus galhos
e lá ficam, porque passarinheiros são teus cachos.


Você era o sol sobre a sombra molhada
chovendo numa grama verde, viva e viçosa.
Eu era o mais louco dos pardais,
que por isso fui tido como pinta-roxo.
E eu cantava feio, um canto azedo,
mas só cantava na sombra,
que é o lugar entre o silêncio
e o sonho.

Abimael Oliveira

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