Te olhei uma vez. Só. Uma vez. Olhar o Sol, só, uma vez pode queimar a retina. Te olhar só, uma vez, queimou minh’alma e meu corpo. Olhava teus olhos. Eram quentes em mim, e frios na planície lisa do mundo. Teus olhos fizeram o mundo cirandar. E cirandando, justiçava a existência , dando de queimar toda vida que te pudesse ver. Titãs e deuses ébrios de medo. Nada ou ninguém tentara possuir-te.
Com efeito, e tempo, apagaram-se as estrelas. Uma pós outra. Crescia a escuridão. Dilatavam-se as pupilas. Ficaremos cegos, mas olharemos a ti.
Certo tempo, estavas a iluminar a existência, toquei teus lábios. Com lábios meus. Piscou duas vezes. Os átomos pararam. Fechou os olhos e correu. (Abimael Oliveira)
Rapaz, escrever não é pra quem quer, ou pra quem acha bonito, ou pra quem quer ganhar dinheiro, escrever é pra quem nasce com isso, essa coisa de colocar em palavras (complicadasounão, carregadasounão) tudo aquilo que as pessoas sentem, vivem e imaginam e nunca,jamais, conseguiriam 'embunitar'!
ResponderExcluirVocê é o mestre Bima!Te amo!
(atrasado pra caramba)
ResponderExcluirVocê é demais lene.Tento fazer na poesia o que você faz na prosa.
Te amo Lene.