Houve um grito, um espasmo no horizonte,
e a quimera daquele dia deu seu suspiro.
Era um sonho natimorto, mas em tudo,
cada tonalidade, parecia vivo, a ponto
de rebentar meus olhos e juntar seu grito
ao grito dentro de mim.
Eu vi quando seus dentes rangeram,
chorei quando o gozo murchou.
Assisti a tempestade deitar-se
no semblante das memórias.
Permaneço. É da minha natureza,
e isso a quimera tem de mim.
Minha permanência de platéia sem aplauso.
Abimael Oliveira
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